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Governo estuda emitir título prefixado com vencimento de 20 anos
Hoje, o papel público prefixado de prazo mais longo vence em dez anos
Em meio à queda de juros, o Tesouro Nacional estuda emitir um novo título público prefixado. A ideia é que o papel tenha um prazo mais longo, de pelo menos 20 anos, segundo informações do Tesouro Nacional
Atualmente, o papel público prefixado de prazo mais longo é o Tesouro Prefixado com juros semestrais (NTN-F), que tem vencimento de dez anos.
Um título prefixado determina hoje o rendimento que será pago no futuro. Ao comprar esse papel, portanto, o investidor sabe exatamente quanto irá receber no vencimento. Mas, até lá, o retorno oscila de acordo com o comportamento dos juros: caso as taxas subam, o valor desses papéis é ajustado e diminui – e o investidor pode perder dinheiro.
Por isso, esse tipo de papel é mais indicado para quem acredita que os juros tendem a cair, ou para quem quer garantir um certo rendimento no futuro e pretende resgatar apenas na data de vencimento.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, José Franco Medeiros, subsecretário do Tesouro, lembrou que, nos Estados Unidos, existem títulos públicos com vencimento em até 30 anos. Para o Brasil, porém, esse prazo pode ser longo demais, acrescentou.
Medeiros afirmou ainda que a medida favoreceria as empresas que querem emitir títulos de dívida com prazos superiores a dez anos.
O InfoMoney entrou em contato com o Tesouro Nacional, que confirmou os estudos para lançar mais esse instrumento de financiamento da dívida pública, mas ressaltou que ainda não há proposta concreta sobre quando isso ocorrerá. É possível que haja mais detalhes em janeiro, junto do Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2020.
Investimento seguro
Títulos públicos são um investimento de baixo risco e ampla acessibilidade, dada a aplicação mínima a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa é a liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos papéis pelo Tesouro.
O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro Direto, fazendo o cadastro no site e abrindo uma conta em uma corretora para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de custódia.
O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia da B3, que é de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.