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Bancários decidem manter a greve após reunião terminar sem acordo

Greve dos bancários completou 3 semanas e é a mais longa da categoria.

A reunião da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) desta terça-feira (27) terminou sem acordo, e os bancários decidiram manter a greve. Uma nova rodada de negociações foir marcada para quarta-feira (28), às 15h.

No 22º dia de greve, 13.449 agências e 36 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas, segundo o último balanço da Contraf-CUT. É a greve mais longa já realizada pela categoria dos bancários.

Veja a situação nos estados:

Acre
Segundo o Sindicato dos Bancários do Estado do Acre (Seeb-AC), 48 agências estão com as atividades paralisadas. Durante a greve, apenas nove, das 57 agências, estão funcionando no estado.

Alagoas
De acordo com o Sindicato dos Bancários de Alagoas, cerca de 90% das agências aderiram ao movimento grevista, mesmo número do balanço divulgado na semana passada.

Amapá
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Sintraf) no Amapá, cerca de 650 trabalhadores aderiram à greve, correspondendo a cerca de 70% da categoria e 28 agências tiveram as atividades paralisadas.

Ceará
Houve adesão de 430 das 562 agências no estado, que representa 76,5% do total. O balanço é do sindicato da categoria. Nesta segunda-feira (26), das 259 unidades existentes em Fortaleza, 208 fecharam, ou seja, 80%. Já no interior, das 303 agências, 222 ficaram sem funcionar, que representa 73,2%.

Espírito Santo
A greve dos bancários afeta 353 agências do Espírito Santo, o que representa 78% do total. Na Grande Vitória, estão paralisadas todas as 40 agências da Caixa, 56 entre as 58 agências do Banestes, 43 entre as 44 agências do Banco do Brasil, 15 entre as 15 agências do Santander, 15 entre 15 agências do Itaú, 15 entre 15 agências do Bradesco, uma agência do Banco Safra e cinco entre as cinco agências do HSBC.

No interior, estão fechadas 45 entre as 48 agências da Caixa, 46 das 56 agências do Banestes, 57 das 60 agências do Banco do Brasil, quatro das quatro agências do Bradesco, quatro, das quatro agências do Itaú, duas das duas agências do HSBC.

Goiás
De acordo com o presidente do sindicato, Sérgio Luiz da Costa,"a adesão é muito forte, em bancos como a Caixa Econômica, por exemplo, temos quase 100% das agências sem funcionar".

Mato Grosso
A greve dos bancários em Mato Grosso completou três semanas com adesão de mais de 270 agências em 100 municípios. Em Cuiabá, Várzea Grande, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Cáceres, Sinop e Tangará da Serra as agências estão com o atendimento completamente suspenso, segundo balanço do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb-MT).

Mato Grosso do Sul
A greve dos bancários completa 22 dias com 92% das agências fechadas em Campo Grande e região, segundo informou o Sindicato dos Bancários de Campo Grande e região. Das 160 agências, 148 estão sem atendimento ao público.

Minas Gerais
Último balanço do Sindicato dos Bancários de BH e Região informa que 74,6% das agências estavam fechadas para atendimento presencial até esta segunda-feira (26), totalizando 562 das 753 unidades. O sindicato representa trabalhadores na capital mineira e outras 54 cidades.

Pará
A greve nacional dos bancários chegou ao 22º dia nesta com 447 agências públicas e privadas paralisadas em Belém e nos demais municípios do Pará, de acordo com o Sindicato dos Bancários do estado. O número corresponde a 89% do total de agências do Pará, segundo o sindicato.

Paraíba
A adesão ao movimento na Paraíba atinge 90,58% das agências, de acordo com balanço do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no estado (Seeb-PB). Ainda segundo o sindicato, em todo o estado, das 138 agências existentes, 125 aderiram à greve.

Paraná
Ao todo, 837 agências bancárias e 11 centros administrativos fecharam em todo o estado e mais de 21 mil trabalhadores estão de braços cruzados. Em Curitiba e Região Metropolitana (RMC), a estimativa do sindicato é a de que 15,6 mil trabalhadores estão paralisados, o que representa 86% da categoria.

Pernambuco
Das 625 agências existentes no estado, pelo menos 562, ou seja, 90% estão fechadas por causa da paralisação. No dia 16 de setembro, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Pernambuco conseguiu na Justiça uma liminar determinando que 30% das agências voltem a funcionar, no mínimo, duas horas por dia. Em resposta, o sindicato informou que caberia aos bancos cumprir a liminar, mobilizando os funcionários que não aderiram à greve.

Rio de Janeiro
Segundo o sindicato da categoria no Norte Fluminense, 85% das agências permanecem fechadas, porém, mais funcionários aderiram ao movimento: antes, 800 servidores estavam paralisados (81%); agora, 910 funcionários estão de braços cruzados (93%). De acordo com o sindicato da Região dos Lagos, a média é de cinco funcionários atuando em cada agência.

Rio Grande do Sul
De acordo com os bancários, no 21º dia de greve, 1.037 agências ficaram fechadas em todo o Rio Grande do Sul.

Rondônia
Em Rondônia, das 130 agências existentes, 115 permanecem fechadas, segundo o Sindicado dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (Seeb-RO).

Roraima
O Sindicato dos Bancários informou que todas as agências do estado estão paralisadas.

Santa Catarina
Em Santa Catarina, as adesões são maioreis nas regiões da Grande Florianópolis, com 2 mil trabalhadores paralisados, Norte, onde são 950 em greve, e Vale do Itajaí, com 800.

Só na Grande Florianópolis, dos 5 mil trabalhadores, ao menos 2 mil aderiram à paralisação. Em Joinville, no Norte, dos 1,8 mil trabalhadores, cerca de 950 estão em greve. Em Araranguá, são 245 bancários atuantes na região, destes, 140 estão paralisados.

Em Criciúma, no Sul do estado, dos 800 bancários da região, ao menos 650 estão em greve.
Na região serrana, de acordo com o sindicato dos bancários de Lages, são cerca de 470 bancários, dos quais 360 estão em greve. Em Chapecó, no Oeste, o sindicato desconhece o número de adesões ao movimento.

São Paulo
A greve dos bancários fechou 327 agências e departamentos em Campinas e região, nesta segunda-feira (26), segundo sindicato da categoria.

Na metrópole foram afetados 165 unidades de trabalho, incluindo bancos públicos e privados; enquanto outros 162 estão distribuídos em 33 cidades da região, entre elas, Americana, Sumaré, Hortolândia, Amparo, Mogi Mirim, Indaiatuba, Mogi Guaçu, Serra Negra, Valinhos e Vinhedo.

No Centro-Oeste do estado, a adesão da paralisação varia de 80 a 90%. Na Baixada Santista são 295 agências bancárias, sendo 232 fechadas e 63 abertas. Em Santos, são 118 fechadas e 114 nas demais cidades, segundo o Sindicato dos Bancários em Santos e Região.

Na região de Sorocaba, das 293 agências, 247 estão fechadas, segundo o sindicato da categoria. Já em Jundiaí há 57 unidades paradas.

Mogi das Cruzes e Suzano (SP)
A greve continua fechando grande parte das agências do Alto Tietê. A paralisação começou no dia 6 de setembro. Regina Cardoso de Siqueira, diretora de imprensa do Sindicato dos Bancários de Mogi das Cruzes e região – que atende também Suzano, Poá, Biritiba Mirim e Salesópolis – estima que por volta de 80 agências estão fechadas na área de atuação da entidade.

Ribeirão Preto e Franca
A greve dos bancários completou três semanas nesta terça-feira (27) e mantém 166 agências fechadas em Ribeirão Preto (SP), de um total de 215, o que representa 77% dos bancos da cidade. Para os clientes que precisam do serviço dos bancos, 49 agências estão funcionando em horário comercial na cidade de Ribeirão Preto.

Andamento da negociação
A última proposta apresentada pelos bancos no dia 9 de setembro foi de reajuste de 7% para os salários e benefícios, mais abono de R$ 3.300 a ser pago até 10 dias após a assinatura do acordo. A proposta foi recusada pelos sindicatos.

Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial - no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho

Agências fechadas
Segundo último balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a greve fechou 13.420 agências e 33 centros administrativos na segunda-feira (26).

A Fenaban não tem divulgado balanços diários de agências fechadas, mas informa que a população tem à sua disposição uma série de canais alternativos para realizar transações financeiras.

De acordo com o Banco Central, o país tem 22.676 agências bancárias instaladas, segundo último balanço do Banco Central.

Negociações
A categoria já havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban - de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.

Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial - no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.

A Fenaban disse em nota que a última proposta apresentada "resulta numa remuneração superior à inflação prevista para os próximos doze meses, com ganho expressivo para a maioria dos bancários".

Atendimento
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem usar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.

Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.

Greve passada
A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria.

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