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Empreendedorismo: saiba como fazer sua empresa crescer em tempos de crise
Para especialista em gestão corporativa, segredo para passar por momentos delicados é aprender com os erros e questionar as decisões tomadas
Apesar da economia exibir alguns sinais de recuperação, os empresários ainda sentem os efeitos da crise econômica. Aliado ao cenário ruim para investimentos, a falta de planejamento pode levar ao fechamento de uma empresa. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que seis em cada dez empresas abertas no Brasil são fechadas antes de completarem cinco anos. Para driblar as dificuldades, muitos empreendedores buscam maneiras cada vez mais criativas e inovadoras para se manterem no mercado.
Especialista afirma que dono de empresa deve pensar grande por meio de metas agressivas, mas ao mesmo tempo, realistas
Para o consultor e sócio da TIEX, empresa de consultoria e gestão corporativa, Fábio Yamamoto, o segredo para passar por momentos delicados é aprender com os erros, e mesmo na situação mais difícil, questionar as atitudes tomadas para se ter êxito no futuro. Segundo o especialista, é preciso fazer as seguintes questões: o que realmente importa? O que efetivamente deve ser feito para passar pela crise mais fortalecido? Pensando nisso, Yamamoto dá algumas dicas para aumentar a rentabilidade e impulsionar seu negócio.
Pense grande
De acordo com o especialista, o ideal é pensar grande por meio de metas agressivas. Segundo ele, ter grandes aspirações, poderá dar a dimensão dos desafios que precisarão ser enfrentados para fazer com que o negócio tenha prosperidade. Afinal, os desafios continuarão sendo grandes se você optar por pensar pequeno.
No entanto, Yamamoto lembra que as metas precisam ser agressivas, mas realistas. Segundo o especialista, muitos empreendedores acabam "perdendo o gás" por objetivos inatingíveis. Por isso, evite estabelecer objetivos impossíveis em um primeiro momento. É importante lembrar que as metas mais difíceis serão alcançadas a longo prazo.
Cliente é a razão de tudo
O cliente é a principal razão para a existência de um negócio. Afinal, o empreendedor só abre uma empresa porque, em algum momento, vislumbrou um potencial mercado ou cliente a ser atendido. Segundo Yamamoto, não se trata da velha máxima de que "o cliente sempre tem a razão", mas sim, de fidelizar o consumidor.
Para vencer este desafio, é preciso oferecer excelência em seu produto ou serviço. É importante entender que, em muitos momentos, a relação cliente-fornecedor vai além dos aspecto puramente comercial e passa para uma ideia de parceria e identificação.
Dividir para conquistar
Segundo Yamamoto, o tempo é o principal limitador do crescimento. Não há obstáculo impossível de ser transposto, exceto o tempo. Por isso, ter mais pessoas para compartilhar tarefas e multiplicar o tempo pode ser uma boa saída. Além de ir atrás de profissionais qualificados para ajudar no crescimento da companhia, a possibilidade de ter novos sócios não pode ser descartada.
Para o especialista, dividir o bolo não deve ser encarado como algo negativo, como uma perda, pois o principal objetivo neste caso é ter um pedaço menor de algo muito maior. Você prefere ter 100% de um bolo que vale R$ 1 milhão ou 10% de um bolo que vale R$ 100 milhões?
Pense de forma perene
Pensar de forma perene não significa imaginar que o negócio vai existir por toda a eternidade. No entanto, ter uma visão de longo prazo é importante para que as decisões não sejam baseadas única e exclusivamente em resultados imediatos. Avaliar o impacto que as ações do presente terão sobre o futuro pode fazer diferença. Análises desse tipo podem, inclusive, indicar se vale a pena continuar o negócio ou não.
Planejamento e mais Planejamento
O especialista lembra que planejamento não é garantia de sucesso, mas a falta dele é garantia de fracasso. Até aqueles que afirmam ter criado sua empresa com base no feeling precisam planejar, ainda que de forma intuitiva. Para adotar as dicas anteriores, é preciso se organizar. Planejamento para estabelecer metas, para encontrar novos colaboradores, para definir estratégias. No entanto, Yamamoto lembra que o planejamento deve ser feito de forma criteriosa e possuir alguma utilidade, não ser feito apenas porque consta nos manuais de administração.