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O que você precisa saber antes de investir a restituição do Imposto de Renda
No Brasil, existem particularidades que fazem com que, mesmo com altas taxas de rentabilidade, investidores desavisados sejam pegos de surpresa
Receber uma renda extra pode fazer toda a diferença, principalmente em momentos de crise. Para quem tem dinheiro a receber pela restituição do Imposto de Renda, a primeira coisa a se pensar é quitar as dívidas. Com as contas em dia, o contribuinte pode pensar em investimentos de renda fixa, que oferecem baixo risco e rentabilidade significativa.
No Brasil, existem algumas particularidades que fazem com que, mesmo com altas taxas de rentabilidade, os investidores mais desavisados acabem sendo pegos de surpresa. Um exemplo clássico são investidores que acreditam na poupança como único investimento seguro. Ocorre que, com a inflação alta e o rendimento da poupança em 0,5% ao mês, o poupador, na maior parte das vezes, está perdendo dinheiro. Segundo Arthur Farache, sócio-diretor do Desfixa, existem outros investimentos com níveis de risco similares que remuneram muito melhor. Confira o que você precisa saber antes de investir a renda extra da restituição do Imposto de Renda.
De acordo com estudos realizados pelo Desfixa, existem mais de 20 tipos diferentes de investimentos deste tipo, que vão desde os mais conhecidos, como títulos públicos e privados a papéis de bancos, empresas e fundos de investimento classificados como renda fixa.
Em geral, estes investimentos são guiados por indicadores de mercado (SELIC, IPCA, IGP-M e CDI). Por conta disso, é importante conhecer estas siglas. Outro ponto importante é que alguns títulos têm isenção de impostos. Isso muda muito o retorno econômico do investimento e, às vezes, confunde o investidor na hora de comparar com outros títulos de renda fixa que não contam com este benefício fiscal.
Algo que pode surpreender negativamente os pequenos investidores são os fundos de investimento oferecidos por grandes bancos. Nas pesquisas feitas do Desfixa, foram identificados doze fundos de investimento DI que, juntos, possuem um patrimônio superior a R$ 25 bilhões, nos quais os investidores pagam altas taxas de administração, que chegam até 2% ao ano.
Nestes situações, quando se soma inflação e tributos, o investidor acaba perdendo dinheiro. Também é importante tomar cuidado com os Títulos de Capitalização e os Consórcios, pois muitas pessoas enxergam estes modelos como um tipo de poupança forçada.
Também é necessário saber que, ao colocar seu dinheiro em um título de renda fixa, o investidor está emprestando para alguém. Sendo assim, ele é remunerado pelo risco que toma nesse empréstimo e pelo custo do dinheiro no tempo. Usar a restituição do Imposto de Renda é uma boa forma de começar a aplicar, tendo sempre em mente que a poupança não é a única forma de guardar recursos sem risco.