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Valorização do colaborador reverte em resultados melhores

A valorização do trabalhadores, por meio da concessão de benefícios, valorização e a comunicação clara e aberta entre gestores e funcionários, gera engajamento, crescimento mútuo e vontade de permanecer na empresa

A valorização do trabalhadores, por meio da concessão de benefícios, valorização e a comunicação clara e aberta entre gestores e funcionários, gera engajamento, crescimento mútuo e vontade de permanecer na empresa. Em Londrina e região, pelo menos três empresas figuram no ranking "As 150 melhores empresas para trabalhar", divulgado nesta semana.
Quem figura na lista cita justamente o respeito e o diálogo aberto como forma de fazer com que o colaborador se identifique com a empresa a ponto se sentir parte dela.

Gestora de recursos humanos (RH) com mais de 30 anos de experiência, Adilséia Soriani Batista diz que existe uma relação de dependência mútua entre empresa e empregado, pela qual ambos têm objetivos que só são alcançáveis com o desenvolvimento das duas partes. "A empresa quer crescer, ser reconhecida, enquanto o colaborador quer ter uma carreira, estabilidade, segurança no trabalho. Quando isso é fornecido, a relação com a organização vira reciprocidade", afirma.

Para a gestora, empresas que figuram em rankings como os melhores lugares para trabalhar são "as que descobriram que cuidar das pessoas dá dinheiro". "Ao dar oportunidade de crescer, de ser reconhecido e realizar sonhos, aumenta, por parte do trabalhador, a vontade de permanecer na empresa e de crescer. E é claro que a empresa também tem vantagens", diz.

O economista e consultor Cid Cordeiro considera a falta de diálogo e reconhecimento um problema de gestão empresarial. Além da transparência no diálogo, é necessário que a conversa seja de fácil entendimento por todos. "Não adianta tentar conversar com o chão de fábrica com termos muito técnicos ou termos de gestão que estão na moda. A conversa tem de ser direta, dizendo o que a empresa quer e o que o trabalhador tem a ganhar com isso."

Para ele, a valorização dos colaboradores, ouvindo-os para traçar os rumos da empresa, provoca um comprometimento essencial para atingir resultados. A definição de metas acima do possível pelo chão de fábrica, por exemplo, é desestimulante e o distancia da corporação. A manutenção de benefícios também é valorizada pelo economista. "Se existe uma concessão que é cortada ou reajustada abaixo da inflação em períodos de recessão, isso mostra que a política é momentânea, não um valor dentro da empresa", afirma.

A valorização e o diálogo são pontos cruciais dentro do Grupo A. Yoshii, que figura como uma das 150 melhores para trabalhar no Brasil segundo a revista "Você S/A" pela segunda vez, no segmento de construção civil.
O presidente Leonardo Yoshii diz que o grupo investe na valorização das pessoas, na capacitação, na valorização do ambiente de trabalho. "Queríamos enxergar como estava nosso posicionamento em relação ao mercado e é uma felicidade estarmos entre as empresas que possuem as melhores práticas", diz.

Ele afirma que as iniciativas vão desde o ambiente de trabalho aberto, com diálogo entre gestores e subordinados e comunicação interna eficiente. "Todos se sentem pertencentes ao time, mesmo quem trabalha em obras distantes." Além disso, a empresa busca fazer reuniões de alinhamento e desenvolver canais de comunicação nos quais os desejos e sugestões dos colaboradores são ouvidos.

O Moinho Globo, instalado em Sertanópolis (Região Metropolitana de Londrina), oferece aos seus 207 funcionários um pacote de benefícios diferenciados. O pacote inclui plano de saúde, participação nos lucros e resultados, vacinação, e previdência complementar participativa.

Além disso, a empresa doou lotes e auxiliou na construção de casas para seus colaboradores, em parceria com Caixa Econômica Federal no programa Minha Casa Minha Vida. "Hoje, todos os nossos funcionários têm casa própria", conta a coordenadora de marketing Mariana Venturelli.

Para ela, o maior ganho da empresa é o reconhecimento não só dos rankings, mas dos próprios colaboradores, que se sentem valorizados. "Melhora no rendimento e no clima organizacional", diz.

A Adama também figura no ranking. Mas nenhum gestor pode atender a reportagem até o fechamento.

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