Notícias
Dólar termina agosto em queda após aprovação do impeachment
Moeda norte-americana recuou 0,33%, vendida a R$ 3,2293.
O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (31), após alternar entre altas e baixas, encerrando o mês de agosto com perda frente ao real. A moeda firmou a queda após o Senado aprovar por 61 votos favoráveis e 20 contrários, o impeachment de Dilma Rousseff.
A moeda norte-americana perdeu 0,33%, vendida da R$ 3,2293.
Na semana, houve variação negativa de 0,07%. No mês de agosto, o dólar acumulou queda de 0,41%. No ano de 2016, recuou 18,2%.
Acompanhe a cotação ao logo do dia:
Às 9h10, queda de 0,27%, a R$ 3,2314
Às 9h50, queda de 0,14%, a R$ 3,2358
Às 10h10, queda de 0,2%, a R$ 3,2336
Às 10h39, queda de 0,12%, a R$ 3,2361
Às 11h30, queda de 0,29%, a R$ 3,2407
Às 12h10, alta de 0,02%, a R$ 3,2407
Às 13h20, alta de 0,07%, a R$ 3,2425
Às 13h40, alta de 0,33%, a R$ 3,2293
Às 14h, queda de 0,16%, a R$ 3,2348
Às 14h32, queda de 0,40%, a R$ 3,532
Às 15h10, queda de 0,07%, a R$ 3,2378
Às 15h30, queda de 0,19%, a R$ 3,2240
Às 16h20, queda de 0,53%, a R$ 3,2228
Aprovação do impeachment
O Senado aprovou o impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas manteve seus direitos políticos. A decisão gerou desconforto entre parlamentares da base aliada do novo governo, fazendo o mercado reagir negativamente, com medo de que esses atritos se traduzam em maior dificuldade na aprovação de medidas de austeridade fiscal.
"O impeachment ficou para trás e o que sobrou foi todo esse ruído, essa dúvida sobre o que vai ser da base aliada", disse à Reuters o operador de um banco internacional, sob condição de anonimato.
Temer, que assumiu nesta tarde a Presidência da República em caráter definitivo, vem enfrentando obstáculos para encontrar suporte no Congresso Nacional para suas medidas de ajuste. Muitos operadores esperavam que ele enrijeça sua postura ao negociar com parlamentares agora.
"Daqui para frente, os preços (nos mercados financeiros) só vão continuar melhorando se houver um ajuste fiscal claro que comece o mais cedo possível. E eu acho que há espaço para melhorar", disse á Reuters o diretor de gestão de recursos da corretora Ativa, Arnaldo Curvello, evitando citar cotações específicas.
"O mercado foi bastante complacente com o governo (Temer) por causa da interinidade, assumindo que ele evitou atritos com o Congresso para não atrapalhar o processo de impeachment, mas isso acaba agora", acrescentou.
Os investidores também aguardaram a definição da taxa de juros pelo Copom, que será a anunciada nesta quarta-feira.
No radar do mercado estava ainda o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que caiu mais que o esperado no segundo trimestre e novas pistas sobre quando o Federal Reserve, banco central norte-americano, voltará a elevar os juros.
Sem intervenção
O Banco Central não fará leilão de swap reverso nesta sessão, mantendo a prática que vem adotando no último dia de negócios de cada mês, mas oferecerá até US$ 3,3 bilhões com compromisso de recompra pela manhã, segundo a Reuters. A operação tem como fim rolar contratos já existentes.
Juros nos EUA
O mercado brasileiro destoou de seus pares, onde o dólar se fortalecia em relação a diversas moedas emergentes após números fortes sobre o emprego no setor privado norte-americano.
O indicador alimentou expectativas de que o aguardado dado de criação de vagas fora do setor agrícola de sexta-feira também mostre bom desempenho, abrindo espaço para um iminente aumento de juros.
Declarações de autoridades do Federal Reserve (banco central norte-americano) vêm fortalecendo as apostas de que o banco central dos EUA deve elevar os juros em breve, possivelmente até o mês que vem.
Com taxas mais altas nos Estados Unidos, seriam atraídos para o país recursos aplicados atualmente em outros mercados, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real.
Último fechamento
Na terça-feira, o dólar subiu 0,24%, vendido a R$ 3,2402. No mês, a moeda acumula leve queda, de 0,08%. No ano, há recuo acumulado de 17,93%.