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Aumento do dólar e as interferências nas empresas

Existem aspectos positivos e negativos para o empresariado brasileiro

Fonte: Revista Incorporativa

O dólar tem apresentado valorização exponencial nas últimas semanas, chegando ao valor de R$2,45. Não apenas os consumidores, mas, principalmente, as empresas e indústrias nacionais têm sentido os reflexos dessa valorização cambial nos negócios. Segundo o advogado especialista em Direito Internacional e sócio do escritório Bernardes & Advogados Associados, Paulo Rage, existem aspectos positivos e negativos para o empresariado brasileiro. No aspecto positivo, a alta beneficia empresas nacionais que exportam produtos ou serviços, uma vez que os dólares recebidos se convertem em uma quantidade maior de reais.

Entretanto, para empresas nacionais que importam matérias primas e bens de capital, os insumos ficam mais caros, o que pode, em alguns casos, refletir no repasse e consequente aumento dos preços finais dos produtos. “Mas o efeito pode ser neutralizado nos casos das empresas que importam insumos e exportam o produto final”, explica o especialista.

O advogado alerta que no aspecto jurídico as empresas que importam e exportam devem se preocupar com as negociações já celebradas e em curso em dólar. Em muitos contratos internacionais está prevista a possibilidade de reajustes ou até mesmo rescisão quando a variação cambial atinge certo patamar (via de regra acima de 30%). Uma opção para aquelas empresas que queiram minimizar os riscos de um aumento cambial mais acentuado seria a utilização de ferramentas financeiras, como os operações de hedge ou swap.

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